"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 18 de maio de 2014

A Marcha Patriótica explica por que não participa nas eleições presidenciais e por que se deve respaldar a greve agrária e uma nova Constituinte


A Marcha Patriótica repudia o atual estado em que o campo não passa de terra da Máfia Política e paramilitar, protegido por meio milhão de militares e policiais que, com seus organismos de inteligência, espionam toda a oposição, tanto na Colômbia como em Havana, na Europa e no resto do mundo: Trata-se, portanto, de Terrorismo de Estado.


O movimento político e social Marcha Patriótica declara:

1.- Os recentes acontecimentos turvam uma vez o processo eleitoral em curso e comprometem as campanhas à Presidência da República dos candidatos Juan Manuel Santos e Oscar Iván Zuluaga, reconfirmam os limites sistêmicos do regime político e de representação e, especialmente, do sistema eleitoral. A investigação de fundo dos fatos deveria contribuir para esclarecer a trama criminosa que rege as práticas políticas das classes dominantes.

2.- Ficou evidente para a opinião pública que por trás da fachada de processos eleitorais que dizem atender as regras da democracia liberal, são ativados múltiplos dispositivos que conjugam o clientelismo e a corrupção com atividades que se encontram fora da legalidade imposta pela própria elite no poder, a fim de garantir o regime de democracia governável que impera no país.

3.- Nesta ocasião se trata das tentativas de instrumentalização dos diálogos de Havana com a finalidade de produzir rendimentos eleitorais e gerar uma falsa polarização entre dois dos candidatos da direita colombiana. Naturalmente que os diálogos merecem todo nosso respaldo, não só por representar a possibilidade real de encontrar uma saída política para o conflito social e armado, mas pela potência que um eventual Acordo final pode desencadear para contribuir para a real democratização do país com vistas à construção da paz com justiça social, aspiração legítima do povo colombiano.
4.- Os fatos conhecidos reafirmam nossa posição de não participar como movimento político e social na atual disputa eleitoral para a Presidência da República, considerando os limites estruturais para a participação política e social, em um sistema que está concebido e esboçado para garantir a reeleição de representantes dos partidos das classes dominantes e de suas políticas.
5.- Ao mesmo tempo, demonstram a imperiosa necessidade de continuar com todo o empenho pelo caminho de um processo constituinte baseado na mais ampla e ativa participação social popular, que permita consolidar a perspectiva de uma Assembleia Nacional Constituinte, que contemple como parte de suas aspirações a dignificação da política e a real democratização da sociedade.
6.- Reiteramos nosso apoio pleno e nosso compromisso com a greve e a mobilização em curso impulsionados pela Cúpula Nacional Agrária, Camponesa, Étnica e Popular e sua pauta de reivindicações. Estamos convencidos de que em meio à mobilização e à luta popular contribuiremos para construir a grande convergência nacional para a paz com justiça social reclamada hoje pelo nosso povo.

Fonte: http://www.marchapatriotica.org/