"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 2 de março de 2014

Debate. A unidade se fortalece


Por Carlos Arturo García



Coordenação Nacional de Organizações e Movimentos Sociais e Políticos, e com a participação de delegados das organizações populares, sindicais, campesinas, indígenas, estudantis, de mulheres, plataformas nacionais, defensores de direitos humanos e setores políticos de esquerda, se realizou no dia 20 de fevereiro de 2014 o II Encontro Nacional de Unidade Popular, caracterizado por um ambiente unitário e fraterno sob a palavra de ordem “Mobilização e unidade popular por democracia e paz com justiça social”.


O objetivo fundamental é o de avançar na dinâmica do fortalecimento da unidade do movimento social e popular colombiano a partir da leitura do momento político, da configuração de uma agenda unitária, da definição de cenários de mobilização com a concretização da ação unitária de massas, e a definição do caráter e funcionamento da Coordenação de Organizações e Movimentos Sociais e Políticos.


Os delegados das diversas organizações sociais e populares coincidem em assinalar que a permanente e sistemática violação de direitos humanos representada nas montagens judiciais e posteriores detenções arbitrárias, a acusação, a estigmatização, as ameaças de morte através de panfletos, o deslocamento forçado e o assassinato de dirigentes sociais e populares, somado aos recentes fatos de perseguição contra a Marcha Patriótica, as ameaças a dirigentes e candidatos da União Patriótica e o fustigamento a dirigentes sindicais e agrários, reclamam a concessão de plenas garantias para o livre exercício da participação do movimento popular e da oposição política; ao mesmo tempo, se reclama a liberdade imediata de centenas de detidos políticos nos cárceres do país.


Uma das principais avaliações expressadas pelos assistentes foi a necessidade de avançar na busca da solução política ao conflito social e armado na perspectiva da paz com justiça social a partir da superação das causas estruturais que deram origem ao conflito e que estão correspondidas com as transformações políticas, sociais e econômicas em função da avaliação e do reconhecimento das propostas que as diversas iniciativas trabalham como confluência e ação do conjunto do movimento social e popular na conquista deste direito; ao igual que o respectivo apoio e respaldo ao processo de diálogos da Mesa de Havana entre o Governo Nacional e as FARC-EP e a exigência do início de conversações com o ELN e o EPL.
A Assembleia Nacional Constituinte ocupou um lugar destacado na unidade dos processos sociais. Inclusive avançar na visibilidade e posicionamento das tarefas e ações derivadas da Rota Social Comum para a Paz.


O conjunto de organizações participantes coincidem em dar passos significativos em torno da urgente necessidade da unidade do movimento social e popular e dos processos políticos da esquerda e setores democráticos; esforços que se consolidarão com a realização da Cúpula Nacional Agrária, Campesina, Ética e Popular, orientada à construção coletiva de um rol unitário do setor agrário.


Nesse sentido, se assinala que a aprovação da agenda legislativa como expressão das políticas anti operárias e antipopulares do Governo de Juan Manuel Santos incrementaram os índices de desemprego, pobreza e desigualdade e, de passagem, geraram uma resposta contundente a partir de novos cenários do conflito social e da luta organizada do povo colombiano através da realização de grandes jornadas de mobilização e protesto no segundo semestre de 2013.


Tradução: Joaquim Lisboa Neto