"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 13 de outubro de 2013

Colômbia homenageia vítimas da repressão contra o Movimento Político União Patriótica (UP)


 Na Praça Bolívar, no centro da cidade de Bogotá, três mil cadeiras vazias simbolizaram a ausência de milhares de militantes assassinados, torturados, encarcerados e desaparecidos com a ação dos paramilitares, na década de 1980 e 1990. Até hoje, a cifra é incerta.

Intitulada “Serenata dos Ausentes”, no ato pelo 26º aniversario do assassinato do seu presidente, Jaime Pardo, os sobreviventes da UP exigiram verdade, justiça, reparação integral, e condenaram a impunidade das forças de segurança do Estado e dos paramilitares responsáveis pelos massacres.

Durante o encontro, o dirigente Rubén Patiño instou à unidade popular, “indispensável”, disse, em declarações publicadas pelo Semanário Voz.

Ao se referir ao processo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (Farc-EP), que se desenvolve em Cuba há quase um ano, Patiño sublinhou que o que se busca é “uma saída política ao conflito social e armado que está tirando o nosso sangue”.

Os diálogos, continuou, “servem para resolver um conflito gerado pela exclusão e pela desigualdade, pela violência impregnada, produto da intolerância das burguesias que exploraram e saquearam nossos recursos naturais, e que nos submetem à miséria”.

Dois candidatos presidenciais, oito congressistas, 13 deputados, 70 vereadores, 11 alcaides e centenas de militantes foram mortos em quatro anos, enquanto outros foram obrigados a deixar o país. Ainda, o partido havia tido a sua legitimidade política questionada devido o seu afastamento das disputas eleitorais. Em 9 de julho passado, o Conselho de Estado devolveu à UP a personalidade jurídica.

O decreto nega que se possa despojar de legalidade essa organização, “ao reconhecer que o extermínio sistemático de dirigentes e militantes do partido foi a principal causa” da sua ausência nas eleições legislativas de 2002.

Fonte: Prensa Latina
Traduzido pela redação do Vermelho