"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

“A hegemonia dos EUA tem os dias contados”, afirma um dos mais influentes analistas de geoestratégia do império


Zbigniew Brzezinski, um dos mais influentes analistas de política exterior dos Estados Unidos, considerado, ademais, como dos maiores intelectuais orgânicos do império, disse, numa conferência oferecida dias atrás na Escola de Estudos Internacionais Avançados [SAIS, por sua sigla em inglês] da Universidade Johns Hopkins, que a hegemonia mundial dos Estados Unidos tem os dias contados.



Segundo esse politicólogo polaco-estadunidense, que foi conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter [1977-1981] e assessor da campanha de John F. Kennedy que o levou à Casa Branca, desde a implosão da União Soviética, os Estados Unidos “não ganhou nenhuma guerra”. Suas teses recentes implicam uma drástica revisão do otimismo que exalava seu livro anterior, El Gran Tablero Mundial [O Grande Tabuleiro Mundial], e coincidem com as análises daqueles que, desde a América Latina, faz já um bom tempo vêm formulando prognósticos em torno da declinação do poderio global norte-americano.


A dominação dos Estados Unidos, que, depois da Guerra Fria, determinava a agenda internacional, terminou e não poderá restabelecer-se durante a vida da próxima geração, precisou em sua conferência Brzezinski.


Nenhuma das potências pode alcançar a hegemonia mundial nas condições atuais, pelo que os Estados Unidos devem eleger melhor os conflitos nos quais vai participar, já que as consequências de um erro poderiam ser devastadoras, declarou o influente politicólogo, primeiro diretor da Comissão Trilateral, uma organização internacional privada fundada por iniciativa de David Rockfeller, para fomentar uma maior cooperação entre EUA, Europa e Japão.


É certo que nossa posição dominante [na política internacional] não é a mesma que a de há 20 anos”, declarou Brzezinski durante sua conferência, e destacou que, desde 1991, os Estados Unidos, em seu status de potência mundial, “não ganhou nem uma só guerra”.


O [politicólogo] considerado um dos mais influentes especialistas em política exterior, e que durante décadas configurou o curso geoestratégico de Washington, assinalou que aos Estados Unidos chegou a hora de entender que o mundo contemporâneo é muito mais complicado e mais anárquico que nos últimos anos depois da Guerra Fria, pelo que a “acentuação de nossos valores, assim como a convicção em nossa ‘excepcionalidade’ e nosso universalismo são, pelo menos, prematuros desde o ponto de vista histórico”.


28 de outubro de 2013.


Tradução: Joaquim Lisboa Neto