"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasil apoia negociação entre governo colombiano e as Farc, mas avisa que não quer se intrometer

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Após se reunir hoje (1º) com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que o Brasil apoia a busca de uma solução negociada para o conflito entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas avisou que o Brasil não irá se intrometer na questão. A informação foi dada pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

“Reiteramos ao presidente Santos que estamos atentos para a busca de solução negociada no plano interno. Acho que o problema das Farc deve ser resolvido no âmbito colombiano. O presidente Santos aprecia a posição brasileira e só interviríamos se houvesse, da parte do governo colombiano, uma solicitação. Imiscuirmos agora na questão colombiana não é nossa disposição”, afirmou Garcia.

Na avaliação de Garcia, a discussão do conflito com as Farc também não deve ser transferida para o âmbito da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Perguntado se as Farc são consideradas pelo governo brasileiro uma organização terrorista, Garcia disse apenas que o governo não é uma “agência de classificação” e tem uma atitude crítica em relação ao grupo.

Durante a reunião, o presidente Lula reafirmou a Juan Manuel Santos a importância que o Brasil dá à Colômbia e convidou Santos para participar, no dia 17 de dezembro, em Foz do Iguaçu (PR), da reunião dos presidentes do Mercosul, bloco do qual a Colômbia é associada. Santos demonstrou disposição em se integrar mais à Unasul, de acordo com Marco Aurélio Garcia.

O combate às Farc é uma das prioridades de Santos que, no governo anterior de Alvaro Uribe, atuou como ministro da Defesa e foi um dos responsáveis pela política de combate às guerrilhas que atuam na Colômbia.

Edição: Vinicius Doria