"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Novas arbitrariedades de Álvaro Uribe

Por Fernando Acosta Riberos
Fonte: www.aporrea.org



A detenção de Miguel Ángel Beltrán Villegas, professor da Universidade Nacional de Colômbia, no passada Sexta Feira, 22 de maio, na Cidade de México e, sua deportação para Bogotá, onde foi acusado pelas autoridades de ser um narcoterrorista vinculado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, é uma nova arbitrariedade realizada pelo governo de Álvaro Uribe Vélez, presidente vinculado a organizações do narcotráfico e promotor do paramilitarismo desde 1996, quando se desempenhava como governador do departamento de Antioquia.

Em contraste com as acusações do governo colombiano contra o sociólogo Miguel Ángel Beltrán Villegas, com mestrado e doutorado, um grupo de colegas seus, entre os quais se encontram Juán Guillermo Gómez García, filósofo, crítico literário e professor da Universidade de Antioquia; Rocío Londoño Botero, socióloga e professora da Universidade Nacional de Colômbia e José Hernán Castilla, prestigioso advogado na pátria de Camilo Torres Restrepo, publicaram na Terça Feira, 26 de maio, uma carta-comunicado na Web do Pólo Democrático Alternativo, na qual expressam sua simpatia pelo seu amigo.

“Miguel Ángel Beltrán é um ser moral integral. Seu trato sempre respeitoso como colega, sempre compreensivo, sempre com espírito de colaboração, despertam imediatamente a simpatia e o respeito. Sua discrição é a nota distintiva de respeito e companherismo. Miguel Ángel como lhe conhecemos e tratamos seus colegas, é um homem sincero, reservado, dotado de uma natureza bondosa, que se nos representa como certos homens morais, de indeclinável caráter, de fé na melhora da sociedade e seu entorno universitário. Miguel Ángel encarna uma tradição de intelectuais que optam por uma sociedade eqüitativa para Colômbia”, destacam os acadêmicos e alunos do cidadão colombiano deportado desde México recentemente.

Duas prestigiosas instituições de nossa América: a Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM) e a Universidade Nacional de Colômbia, cuja sede principal está em Bogotá, têm solicitado, respeitosamente, ao Instituto Nacional de Migração de México, dependência da Secretaria de Governação, aclare por que foi detido o acadêmico colombiano, quem está vinculado à UNAM e também tem realizado estudos em instituições como a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO) na capital mexicana.

As Casas de Estudos Superiores dos dois países (Colômbia e México) recordaram que em suas instituições se respeita a diversidade de pensamentos. Afirmaram que as autoridades migratórias em Bogotá e na Cidade de México, outorgaram as permissões correspondentes de saída e ingresso ao doutor Miguel Ángel Beltrán Villegas, quem havia referendado e múltiplas ocasiões sua forma migratória, conhecida como FM-3, documento indispensável para os estrangeiros que desenvolvem atividades acadêmicas e também trabalham em território mexicano.

O proceder de Miguel Ángel Beltrán Villegas tem sido legal e transparente. Contrasta com o estilo arbitrário utilizado pelo governo de Álvaro Uribe Vélez, acostumado a utilizar a chantagem e a força, através de militares e paramilitares, que continuam desalojando, massacrando, perseguindo e torturando moradores das regiões rurais colombianas e, incluso, invadindo nações irmãs e vizinhas , como Equador e Venezuela Bolivariana. Em nome da "segurança democrática", o governo de Uribe desenvolve um plano de intimidação e extermínio.

Uribe Vélez, chefe de um governo autoritário e mafioso, tem cúmplices no exterior para realizar suas falcatruas. Entre seus aliados se encontra o governo espúrio de México que usando armadilhas deteve o mestre Miguel Ángel Beltrán e o entregou aos criminais e torturadores colombianos, quem têm ameaçado de morte a dirigentes estudantis, líderes sindicais, intelectuais independentes, políticos de centro esquerda e de esquerda que se opõem a um regime de barbárie mantido pelos iníquos representantes da oligarquia e porta-vozes do império estadunidense desde 1948.

O lamentável episódio e os atropelos cometidos pelos governos de Colômbia e México ontra Miguel Ángel Beltrán Villegas põem em alerta de novo os promotores de Direitos Humanos nos dois países, para vigiar e denunciar as arbitrariedades que cotidianamente realizam autoridades mafiosas, assustadas pela insatisfação de seus povos e inimigas dos câmbios democráticos que se realizam em Bolívia, Equador e Venezuela Bolivariana, onde as maiorias impulsionam projetos progressistas em beneficio dos trabalhadores.

Um informe de Anistia Internacional divulgado em Londres na Quinta feira, 28 de maio expressa que a população é a principal vítima do conflito armado na Colômbia. Aumentam os deslocamentos internos, os homicídios de sindicalistas e surgem novas ameaças de grupos de extrema direita contra os defensores de Direitos Humanos. Anistia recordou o caso ocorrido dois anos atrás, no município de Soacha, Departamento de Cundinamarca, onde dezenas de jovens assassinados pelos corpos de segurança do Estado foram apresentados perante a opinião pública como “guerrilheiros mortos em combate”.

No entanto, as oligarquias dos diferentes países de nossa América felicitam ao presidente Álvaro Uribe por “defender com coragem a democracia”. O mandatário se prepara para sua segunda reeleição. Seus aliados têm proposto a realização de um referendo que lhe permitiria pleitiar um terceiro período de governo (2010-2014). Haveria que gastar 112 mil milhões de pesos do erário público para realizar dito referendo e autorizar ao tirano Uribe Vélez a continuação de novas arbitrariedades e crimes em nome da “segurança democrática”.

Segundo pesquisas realizadas pelos donos dos meios de comunicação colombianos, que com honrosas exceções, se sentem amos e donos do país, Uribe Vélez goza de uma popularidade de quase o 70%. Elas não manifestam que não levam em conta a opinião dos milhões de desempregados e desalojados. Nelas não participam educadores, familiares de presos políticos, líderes sindicais, jornalistas independentes ou sociólogos como o doutor Miguel Ángel Beltrán Villegas, cidadão honesto patriota.