"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Notas várias

Filho da puta! As FARC-EP consiguiram anti-aéreas e colocaram suas patas em cima do plano Consolidación!.

Na Nacho

O famoso reitor da Universidade Nacional, Moisés Wasserman, busca sua reeleição na reitoria para tornar esta universidade mais neoliberal do que nunca. Sua ideia é casa-la com a iniciativa privada e não com a realidade do país. Em sua notória reforma, imposta de maneira anti-democrática, Wasserman, como todo judeu educado nas teses do sionismo, acredita que com sua reforma se chegou à terra prometida. Fiel a esta mesma filosofía, desprezou de maneira arbitrária os diferentes escalões da Universidade, em especial o estudantado, ao qual não teve duvidas em estigmatizar. Esperamos que os diferentes escalões descartem de pronto a sua candidatura.

Partido liberal

Se for lançada a candidatura presidencial de Cesar Gaviria pelo partido liberal, supostamente proposto por um grupo de burocratas, grupo desses que mantêm-se de costas para a realidade e fiéis aos interesses da oligarquia colombiana, o partido liberal acabará com o pouco da força que ainda lhe resta. As bases do partido liberal, sobretudo as novas generações, pensam mais em Piedad Córdoba do que em Gaviria. Enquanto isso, Gaviria pensa mais em Lucho Garzón e em como dividir o POLO, pois sua ideia é armar uma turma do “todos contra Uribe”. O neoliberal de sempre, joga dos dois lados, dividir o Polo e voltar a fazer suas travessuras no palácio, utilizando para elas, a maquina do aparato liberal, mas se submete-se à uma consulta com a participação de Piedad, a negra o leva pelos cabelos, pois Gaviria não é galo para semelhante guerreira.

A queda do avião.

Com a confirmação da queda de um avião do exército, alguém gritou: Filho da puta! As FARC-EP consiguiram anti-aéreas e colocaram suas patas em cima do plano Consolidación! Como se o comandante da força aérea houvesse ouvido, sem que ninguém lhe preguntasse saiu a dizer que estava descartada a hipótese de o avião ter sido abatido pelas FARC-EP. O mesmo disseram quando o avião da CIA aonde viajavam os três mercenários foi derrubado pela insurgência, negaram-no até o último momento. Amanecerá e veremos. Menos mal, um avião a menos para a guerra. Quantas pessoas terão perecido sob suas bombas de mais de 50 kilos? A justiça tarda, mas não falha.

Desapercebida.

Passou desapercebida a interceptação do exército colombiano feita pela insurgência, na qual ficou claramente demostrada a maneira como o governo joga sujo. Não contentes com os sobrevôos, não contentes com a utilização dos símbolos do CICR, agora se pretendia detectar os helicópteros do exército brasileiro para boicotar a entrega dos prisioneiros. O tiro lhes saiu pela culata, pois a malícia indígena da - segundo eles - agonizante guerrilha, não só cumpriu o combinado, além de que todos pudemos escutar a interceptação ao vivo. Isto explica porque o paramilitar que responde pela presidencia queria uma entrega sem testemunhos. Para fazer das suas, como sempre: jogar sujo.
Também passou desapercebida a capacidade artística do insurgente presente durante a entrega. Ele recitou algumas de suas melhores músicas, como digno herdeiro da tradição oral quando se trata de recitar. O insurgente fez júz à fama dos poetas e músicos que pululam nestas terras. O jornalista Samper desafortunadamente o esqueceu na sua crônica, mas no vídeo o vimos boquiaberto com a arte da palavra mostrada pelo chefe insurgente. Minha mãe, que viu o vídeo, definiu a cena com esta pérola: “este país de merda: tanto talento sacrificado na guerra”.

A grande imprensa, dando corda.

Segundo o diário el Espectador em seu artigo “o tiro pela culata” (Edição de 7 de fevereiro 2009), a responsabilidade das retenções políticas de civís foi do comandante insurgente Jorge Briceño, que exteriorizou a ideia em seu plano imediato para forçar a troca.“Há que tomar gente do Senado, da Câmara, magistrados e ministros, os que integram os três poderes e verão como eles gritam”. A insurgencia esta convocada a refletir sobre seus objetivos militares, recomenda o periódico em seu artígo.
Ao contrário do chefe insurgente que, segundo o jornal citado, centrou-se no poder político, contam que Pablo Escobar pensando em sua luta contra o poder estabelecido havia dito, “eu escondido e os oligarcas fazendo cachorros miarem, não é possível”. Pablo Escobar terminou colocando o regime sob seus pés, com seus advogados ditando o regime dos decretos 2047/2049 de entrega e submição à justiça. A diferença é que as pessoas em poder do mafioso tinham sobrenomes de classe e alta estirpe, não eram simples politiqueiros, nem soldadinhos, eram oligarcas puro sangue. Que paradoxal o el Espectador dando corda à insurgência.

Condenação à morte uribista.

Uribe acaba de assinar a sentença de morte dos 22 prisioneiros de guerra em poder da insurgência. O homem do ubérrimo, mostra uma vez mais a falta com seus deveres constitucionais em proteger a vida de todos os cidadãos colombianos. Neste caso, com estes servidores públicos membros das FFMM.
Devemos recordar que os 22 membros das FFMM são prisioneiros de guerra, feitos prisioneiros em combates, o que quer dizer que estavam armados e foram vencidos em um ato de guerra, sua vida respeitada e sujeitos para intercambios de prisioneiros. Os 22 homens que integram a lista de prisioneiros de guerra, no momento de sua detenção, não estavam rezando em nenhuma capela, estavam sim fazendo a guerra.
A vida deles, desafortunadamente, depende de uma vissão compulsiva e irresponsável, companheira do narco-presidente, a qual soluciona tudo mediante a guerra e a saida violênta. Lastimavel, já que até mesmo o Estado sionista de Israel se apresta a libertar alguns dirigentes palestinos para conseguir a libertação de um soldado sionista, prisionero de guerra do Hamas.
Outro condenado é o jornalista Holman Morris, Uribe colocou-lhe uma lápide no colo. Seu correio pessoal e o de CONTRAVIA estão inundados por mensagens ameaçadoras onde se repetem as mesmas palavras do homem do Ubérrimo. Uribe deve responder pelo que possa se passar com o jornalista.


Johnson Bastidas