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Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Exército colombiano atrapalhou a libertação de prisioneiros

O jornalista e membro da missão humanitária, Jorge Enrique Botero, informou que a senadora colombiana Piedad Córdoba fará a denúncia das ações do Exército Colombiano e apresentará o respectivo vídeo. Apesar dos obstáculos do exército, a entrega dos libertados aconteceu às 15h local de Colômbia.

TeleSUR

A entrega dos 4 prisioneiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) à missão humanitária encarregada de facilitar o processo de libertação teria sido sabotada pelos combates na zona, por parte do Exército Colombiano, informou com exclusividade à Telesur o jornalista Jorge Enrique Botero e Jairo Martinez, Comandante das FARC no local. Esse último, denunciou ainda que um guerrilheiro morreu e outro está desaparecido, após combates com o exército.

O integrante de Colombianos pela Paz, Jorge Botero e o integrante das FARC, confirmaram com exclusividade à Telesur que as forças armadas da Colômbia, “seguirão constantemente” a caravana humanitária que levava a senadora Piedad Córdoba ao ponto de encontro com a guerrilha, para entregar os quatro prisioneiros uniformizados.

“Isso deveria ter finalizado às oito da manhã”, indicou o comandante guerrilheiro, que afirmou que se registraram combates por terra entre a guerrilha e o exército “nós perdemos um guerrilheiro, de nome Saul e o Exército desapareceu com outro que tem sido parte da guarda dos prisioneiros de guerra”, declarou de uma zona que identificou como o departamento de Cartagena, em Rio Caguán, parada Cristales.

Com exclusividade à Telesur o chefe guerrilheiro manifestou que não estava sendo possível finalizar a operação pelo constante “acompanhamento dos aviões e helicópteros do Exército colombiano”.

Eles têm “seguido constantemente com os aviões e helicópteros do Exército colombiano e isso tem impossibilitado que até agora tenha desenvolvido exitosamente a operação”, declarou Martínez.

De outra forma, afirmou que a guerrilha não tem confiança no Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Frente ao assédio do exército colombiano, Martínez lembrou que a responsabilidade assumida pelas FARC é entregar os retidos por essa guerrilha com vida.

Por sua vez, o jornalista colombiano informou que tem em vídeo todo o processo para a libertação e afirmou que inclusive, frente às ações do Exército, estiveram a ponto de abortar a operação humanitária.

“Vamos colocar para o conhecimento da opnião pública essas gravações que estão em nosso poder, onde se identifica com clareza que estavam seguindo o helicóptero que estava nos transportando, as coordenadas que íamos atravessando, dão ordens, inclusive dizem, temos que encontrá-los por terra, enfim, enquanto chegávamos a outro ponto, onde escutávamos claramente os sobrevôos que faziam em círculos”, detalhou Botero.

Agregou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha se comunicou imediatamente com Bogotá e confirmaram que havia ordens de mandos militares para seguirem.

Essa gravação, que aconteceu há algumas horas, nós temos e a senadora Piedad Córdoba às denunciará assim que cheguemos”, reiterou.

Em Villavicencio, frente ao atraso da chegada dos helicópteros, o Comissário de Paz, Luiz Carlos Restrepo, questionado pelos jornalistas, indicou que o tal atraso era “normal”.

“Tudo vai marchando segundo o combinado, não podemos falar de atrasos. Não está ocorrendo nada de especial que tenha obstruído o processo”, afirmou o comissário.

Restrepo explicou que o operativo se leva a cabo de acordo com o previsto, apesar das inclemências do tempo e que o Governo “segue cumprindo todas as garantias”.

Nessa primeira etapa de libertações, serão colocados em liberdade os membros da força pública Juan Fernando Galicia Uribe, Alexis Torres Zapata, Wálter Jośe Lozano Guarnizo e William Giovanny Domínguez Castro.

O avião com os emblemas da Cruz Vermelha Internacional, saiu do aeroporto da cidade de Florencia, capital do departamento [estado] de Caquetá, no sul do país, às 8:15 (1315 GMT) em direção a algum ponto da selva para recolher os três policiais e um soldado.

Horas antes, o porta voz da Cruz Vermelha na Colômbia, Yves Heller, afirmou: “temos uma boa notícia e é que o helicóptero já partiu de Florencia”.

Também se pode perceber que a guerrilha colombiana conta com um dispositivo aberto na zona e só se saberá da libertação quando a CICV o faça “através de seus meios de comunicação” enquanto as aeronaves permaneçam em vôo.

As FARC anunciaram em dezembro passado que deixariam em liberdade o ex-governador de Meta, Alan Jara (detido em 2001) e o ex-deputado de Valle del Cauca, Sigifredo López (detido desde 2002).

Está prevista que Jara deixe sua condição de cativo na segunda, enquanto López, na quarta.

Para levar a cabo essa missão humanitária, as FARC encarregaram da coordenação a senadora Córdoba e para sua execução se obteve o apoio logístico do Brasil.

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