"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Notas de ANNCOL

O povo norte-americano é vitima e não culpável deste vil atropelo de seus governantes imperiais contra um povo digno, como o cubano, que aprendeu a dizer NÃO.

Juan Carlos Vallejo*

50 Anos da Revolução Cubana

Eis ai, incólume, bela como a noiva em seu dia de bodas, a revolução cubana. Lá vai, contra o vento e a maré, este bravo povo cubano enfrentando com dignidade sem precedentes um império arrogante, decadente, corroído por suas próprias lombrigas. O Bloqueio contra Cuba caíra não pelo desejo imperialista, mas por necessidades imperiosas. Os Estados Unidos agora necessitam mais de Cuba do que Cuba de Estados Unidos. O povo norte-americano é vitima e não culpável deste vil atropelo de seus governantes imperiais contra um povo digno, como o cubano, que aprendeu a dizer NÃO.
Feliz Aniversário Cuba, Dignidade da América. Um abraço a ti, Fidel, farol que orienta nossos sonhos revolucionários por um mundo com justiça social.

O Miami Herald à venda

A recessão econômica nos Estados Unidos afetou os meios de comunicação escrita diretamente. Não somente os altos custos do papel e outros insumos, mas a queda da publicidade e a disputa com a internet levaram os grandes jornais a fechar suas edições impressas e permanecer apenas com a edição virtual (The Christian Science Monitor) ou vender ativos fixos (o emblemático edifício do The New York Times) e demitir jornalistas (The Miami Herald).

A situação é mais grave em Miami: O Estado da Flórida está quebrado, assim como a cidade de Miami e seu jornal mais famoso, The Miami Herald. Com a crise a qualidade também está em queda livre. Os melhores e mais e mais independentes jornalistas foram objeto de todo tipo de artimanhas para ser demitidos e a informação ficou em mãos de jornalistas de mentes fechadas e de militância aberta na fanática extrema direita de exilados cubanos ‘vermes’ (agora com alguns exilados venezuelanos, fugitivos da lei que os processa). O grupo McClatchy, que comprou as ações do grupo Knight Ridder por $ 4,5 bilhões de dólares à vista (transação que não despertou suspeitas), e agora figura como proprietário do jornal tem um enorme déficit, pois segundo analistas econômicos, o Herald estava supervalorizado. Muito tarde para lamentações. O grupo McClatchy está desesperadamente à busca de compradores e reduzindo gastos ao extremo. Pretende vender a luxuosa sede na baía de Maimi e continua cortando pessoal.

Alí Babá condecora três dos seus quarenta

Um bom amigo uribista até a morte me liga e diz, em tom de brincadeira e como que buscando briga: “Você já viu quem foi condecorado com a Medalha da Liberdade? O melhor presidente que a Colômbia já teve!”, e eu respondi: ”E você viu quem o condecorou? O mais cruel, imbecil e ignorante presidente que os Estados Unidos jamais teve em toda sua história!”

A revista Rolling Stones, como aconteceu com outros meios de comunicação, consagrou George W. Bush como o pior entre os piores e ressaltaram seu alto grau de ignorância. A capa da revista já diz tudo (veja foto).

A Corte Penal Internacional deveria expedir ordem de captura contra os quatro criminosos de guerra: Bush, Blair, Howard e Uribe, e capturá-los de uma só vez já que estavam juntos. Faltariam alguns outros como o asno da Espanha, Aznar; Harpher, do Canadá e Saca, de El Salvador.

Operacão Jaque 2

Não sei, mas isto das novas libertações não me cheira nada bem. Novamente os mesmos rumores e fofocas ao vai-vem de comunicados contraditórios. Que as FARC-EP querem dialogo, mas não querem; que o CICV, com o qual eu não sairia nem na esquina a tomar um refrigerante, porque tenho extrema desconfiança; que o Vaticano, que historicamente tem apoiado a infâmia no mundo; que a Igreja Católica benze as Armas da Colômbia e que aplaude a barbárie do narco-governo mancomunado com o paramilitarismo das elites; que Piedad, a ingênua; que Petro, o camaleão; que os intelectuais que assinam cartas; que beltrano, que sicrano. Tomara que não se estejam ganhando tempo para outra versão da Operação Xeque.

Se quiserem libertá-los, libertem-nos já! Sem tanta parafernália. Chamem o Lula e os representantes da China, França, Reino Unido e a um delegado de Obama e pronto! Desse jeito o helicóptero não será derrubado nem farão dano aos mediadores nem aos candidatos à liberação. Se trouxerem representantes sem importância, Uribe e Santos poderão, sem medo, montar um falso positivo, derrubar o helicóptero ou atrapalhar a operação de entrega. Será que não vêm que os que a eles importam já não estão ai? Oxalá meditem estas palavras.
Tampouco é uma loucura pensar na Senhora Lisa Moreno como parte da “Delegação”. ”Deixem a Senhora Moreno jogar”. Não acredito que o casamento vá tão mal como para que Uribe derrube o helicóptero.

Chávez, UNIVERSAL!

Bastou somente um gesto de dignidade humana neste simples homem, chamado Hugo Rafael Chávez Frias, para que o mundo inteiro, que se indigna com a barbárie em todas suas formas, agradecesse seu valor civil. O que nenhum presidentezinho ou xeiquezinho árabe foi capaz de fazer pelo seu próprio povo muçulmano, Chávez, um símbolo de desprendimento e solidariedade sem precedentes, mandou o embaixador de Israel na Venezuela plantar batatas.

Anti-semita? Não sejam ignorantes! Tão semitas são os árabes como os judeus. E nem todos os judeus são israelenses, nem todos os israelenses são judeus; assim como nem todos os muçulmanos são árabes, nem todos os árabes são muçulmanos. Tampouco não todos os sionistas são judeus nem todos os judeus são sionistas. Muitos judeus no mundo, inclusive em Israel, marcharam de mãos dadas com os palestinos repudiando este outro holocausto. O holocausto do povo palestino.

Alonso Salazar

Alguns dizem que caciques e mafiosos não gostam de Alonso Salazar, prefeito de Medellín. Por isso desencadearam uma suja campanha de desprestigio contra toda política destinada a devolver a tranqüilidade à cidade. No posso crer que por trás de uma parte esteja Luis Pérez Gutiérrez, nego-me a acreditar.

Medellín continua uma das cidades mais perigosas do mundo, mas notam-se os esforços do Prefeito para fazê-la mais tranqüila e pacífica. É claro que tem que ser dito que a justiça de Antioquia e de Medellín, salvo poucas exceções, é um asco. Os criminosos comuns são soltos poucos dias depois de terem sido presos em flagrante. Por isso tem que se enviar da capital a grupos de investigadores e procuradores, pois não existe confiança nos locais. Até processos delicados devem ser enviados a Bogotá por temor a que os juízes de Antioquia e Medellín façam vista grossa.

Menores de idade não podem ser presos nem condenados, pois são menores. Mas são estes os que matam, roubam, seqüestram, violam à vontade. E suas mães? Engravidando! Porque a Igreja Católica Benzedora das Forças Armadas da Colômbia assim o prescreve. Nem de preservativos, nem de comprimidos. Das crianças “Deus (que não existe) cuida”. E o Subsidio Familiar de Confama, será que já foi extinto? (Vejam como anda a Locômbia, para trás que nem caranguejo). E a Igreja que não levanta um dedo para sustentá-los, pelo contrário, ela está para ser sustentada, como diz Fernando Vallejo.

Mas Alonso também tem uma parte da culpa. Sendo Secretário de Governo de Sergio “Narciso” Fajardo ocultou quanto crime ocorria para não estragar a imagem da cidade. Tantos eram os crimes ocultos que a panela acabou estourando. E agora, o homem anda sem saber o que fazer como o sopão espalhado pelo chão.

Alonso Salazar é um bom homem. Comprometido com as classes mais necessitadas desde quando era universitário. Participou ativamente nos processos sociais da Corporação Región. Conhece Medellín e Antioquia como poucos. Tem a minha solidariedade.

A Luis Pérez, velho adversário no xadrez, seria conveniente publicar um comunicado esclarecendo os rumores.

Educação, saúde e trabalho digno são partes da Justiça Social. Sem ela não há paz possível nem violência controlada.

*Escritor e analista político internacional. Membro da ASOBOLPE.

Enlace original