"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Último e primeiro dia de tirania


Como as vidas do planeta definem os falcões do complexo militar-industrial, em relação à Colômbia a questão seguirá igual como está agora.

Allende La Paz

O ascenso de Barack Obama tem colocado os pregadores do sistema para espremer o cérebro para criar uma “nova época” nas manchetes dos meios de comunicação. Já se vêem manchetes como “O que quer a geração Obama”, “Assim é Obama”, “Degelo entre EUA e Cuba”, etc., etc. Já até o comparam com John F. Kennedy, eu não sei se com a malévola intenção de vê-lo acabado da mesma forma.

Mas ainda nem tomou posse e querem que Barack Obama tire as cartas da manga para que ganhe a partida e demonstre que o “negrinho” é o “rei” do império. Ainda sabendo que a situação não poderia ser pior para Obama, os falcões do complexo militar-industrial seguem em suas considerações para que a vida do planeta caminhe para uma nova guerra, ou em nova versão “uma guerrinha”. Por ele, que sigam enviando armas para Israel, para que continuem assassinando as crianças e mulheres palestinas a vista de todo o mundo e debochando de todo o mundo, porque quem manda no mundo são “eles”. Lógico que nisso todos se calam, até a ONU, e ao contrário, Israel acusa o Hamas de tráfico de armas em Gaza.

Por essa razão não acreditamos que em relação à Colômbia e América Latina a situação vá dar uma reviravolta espetacular. Já começamos a ver o que chamam de “último e primeiro dia de tirania”. O que falou Obama em relação à Venezuela nos ensina muita coisa. É que o império segue sendo império até que se desmorone pela ação dos povos. Porque – como disse James Petras -, o império não se importa que seja branco, um negro, um chinês, - não pense em latinos porque estão a anos luz de chegar lá, - ele que defenda seus interesses de tal maneira que defenda bem.

Os governos democratas são mais perigosos que os brutos republicanos porque com esses pelo menos se sabe no que se preocupar, mas os democratas te metem o dedo igual, claro que eles são mais “civilizados” e usam luva e vaselina – para que não fique feio – enquanto os republicanos usam luva e areia. Como se fosse pouco, utilizam a retórica e te convencem que é melhor esse dedo democrata do que o dedão republicano.

Como a vida do planeta, definem os falcões do complexo militar-industrial, em relação à Colômbia a questão seguirá igual como está agora. Talvez haja mudanças de “luvas e vaselina”. Seguirá o Plano Colômbia como eixo central da sua política para Colômbia e América Latina. Dará um retoque no Plano Colômbia e farão propaganda que será o “Plano Marshal”, mas o grosso dos dólares dados em “ajuda” ficará na economia estadunidense – como até agora – “investido em armamento e na parte social do Plano, darão um pouco de migalhas, um pouco maior do que as que têm dado esses anos, mas nunca as suficientes para produzir o ressarcimento dos males causados pelo Plano Colômbia: mortos em massacres, desaparecimentos, assassinatos extrajudiciais e deslocamento forçado.

Ele tem deixado claro nas respostas de Hilary Clinton ao senador John Kerry, o Plano Colômbia continuará porém “retocado”, Além do que, era impensável que a “democrata” Hilary Clinton iria se opor a um plano elaborado durante a administração de seu amadíssimo Bill Clinton. Além do que, já sabemos que o governo Obama “colaborará” com a administração de Uribhitler para vencer a insurgência armada. Já nós, sabemos como se comporta o exército de invasão nos campos colombianos

Nosso povo terá que seguir se preparando para enfrentar essa guerra imposta pelo imperialismo estadunidense – em crise e recessão, mas ainda império – e adiantar sua unidade para uma pátria soberana, sem a bota militar gringa que pisa seu solo. Esta unidade passa pela unidade de sindicatos, estudantes, organizações camponesas e naturalmente pela unidade da esquerda revolucionária, para a Nova Colômbia.


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