"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Seis anos perdidos para a Paz

... e mais de 30 bilhões de dólares dilapidados na guerra. 10.282 assassinados “fora de combate”. No futuro dos colombianos, o futuro não pode ser a guerra civil.


ANNCOL


7 de Agosto de 2008. 6 anos perdidos para a paz dos colombianos. Milhares de mortos, a maioria assassinada pelas forças militares-narcoparamilitares do Estado colombiano que pratica o Terrorismo de Estado na sua variante mafiosa.


Em uma certa ocasião o comandante-em-Chefe das FARC, Alfonso Cano, disse que poderiam ter sido evitadas 5 mil mortes. Hoje podemos dizer que a paz tivesse sido buscada teríamos evitado 143 mil mortes. Todas evitáveis, pois a insurgência guerrilheira, especialmente as FARC, sempre buscaram e apostaram na Paz.


Mas a oligarquia não quer. Sempre pretendeu impor o seu esquema de “diálogos”: o de vencer a insurgência armada pelas armas. Acham absurdo tentar ganhar na mesa o que não alcançaram no campo de batalha. Na sua visão tentam passar que o outro foi derrotado sem sê-lo, de fato, porque a a paz significa abordar as causas que permitiram o nascimento das guerrilhas na Colômbia: exclusão política, corrupção econômica e social em um abismo que se aprofunda cada vez mais.


Principalmente quando o atual regime narcotraficante-paramilitar de Uribhitler e 'La Hiena' Santos falam de paz, mas nunca nem a quiseram nem a buscaram de fato. Puro blá-blá-blá sobre a paz enquanto gastam milhões de dólares diários na guerra.


$ 13,15 milhões de dólares diários em 2003; $ 15 milhões de dólares diários em 2004; $ 17,53 milhões de dólares diários em 2005; $18,9 milhões de dólares diários em 2006; $20 milhões de dólares diários em 2007; e 6,5% do PIB gastos na guerra em 2008, PIB que é o segundo em toda a América Latina, perdendo apenas para o do Brasil.


Com semelhantes despesas de guerra, e a intromissão e ingerência norte-americana, é impossível buscar a paz. Jamais. Principalmente porque o atual regime é mentiroso, mafioso. Ele recorre a tudo, baseado na ética de que 'os fins justificam os meios'.


Regime que pretendeu exportar a guerra. Violou a soberania nacional do Equador para assassinar o comandante das FARC, Raúl Reyes, e mais de 20 pessoas incluindo civis equatorianos e mexicanos, o que produziu uma crise diplomática que ainda hoje, cinco meses depois, não se solucionou.


Crises diplomáticas com a Nicarágua. Ataques de todo tipo à Revolução Bolivariana da Venezuela. Chegou-se ao ponto da Colômbia tornar-se a 'ponta de lança do império'.



Um regime que utiliza o princípio fascista de que 'uma mentira repetida muitas vezes transforma-se em verdade'. Em todas as suas atitudes está presente a mentira, como ficou patente em sua mais recente jogada, a 'operação xeque', que pôs em 'Xeque', na verdade, o narcotraficante-paramilitar presidente Uribhitler, o ministrinho 'La Hiena' Santos e a cúpula militar, especialmente os generais Mario Montoya e Óscar 'Cocaína' Naranjo. E ainda há os mentirosos, covardes que, esguios, tiram o corpo e escondem a sua parcela de culpa.


As 'sanções' contra os militares pela 'filtragem do vídeo' da 'operação xeque' não podem ser somente pela mera 'filtragem' do vídeo, e sim pelos delitos deliberados e próprios de toda a operação, pois os seus seus responsáveis, isto é, os que estão conseguindo tirar de si essa responsabilidade, não podem ser considerados 'marginais': o presidente, o ministro Santos e a cúpula militar.


Agora surge a manobra da manipulação pública. “O Ministério da Defesa confirmou na quarta-feira que uma missão viajou ao Afeganistão para avaliar o possível envio de um batalhão de engenheiros e de especialistas em destruição de minas”. As notícias disseram que “As autoridades evitaram uma escalada subversiva na capital do país” ao capturar guerrilheiros que “iam colocar cargas explosivas contra o canal RCN e contra o Batalhão de Saúde do Exército, segundo informou o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos”, completa-se a mentira e tenta-se complementar a primeira com a segunda.
Voltamos a repetir. A comissão de delitos, ao realizar uma operação militar, desvirtua os objetivos dessa operação. Além disso um delito não apaga outro.


7 de agosto de 2008. 6 anos perdidos para a paz. 10.282 assassinados “fora de combate” durante os primeiros quatro anos da administração Uribhitler, 85% deles realizados pelas forças militares-narcoparamilitares do Estado colombiano. Mas, aqui na ANNCOL, nós seguiremos insistindo na necessidade de um Intercâmbio Humanitário de Prisioneiros de Guerra e na busca de uma solução política ao conflito político, social e armado na Colômbia. O futuro da Colômbia não pode ser a guerra civil. Por isso persistimos na construção da Nova Colômbia.