"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 17 de agosto de 2008

Discurso de posse de Fernando Lugo


Paraguaios e paraguaias.

Compatriotas de América e cidadãos do Mundo.


A digna estirpe Paraguaia acorda novamente.




Muito obrigado, irmãos e irmãs de minha terra, muito obrigado, Presidentes das Nações amigas pela sua generosidade, muito obrigado,o Príncipe, vice-presidentes e dignitários todos, que hoje vêm a cultivar conosco a semente de um novo projeto de Paraguai.




Em cada milímetro de nosso ser, hoje se agita uma convocatória: reconstruir o sonho de José Gaspar Rodríguez de França, desde o mérito da solidariedade, a equidade social e a identidade que nos abraça.




Pese a que os tempos que correm se obstinam em demonstrar-nos que o passado é uma construção sem aportes para o que deve vir nos queremos encontrar seus valores e seus signos para que na semiótica do futuro se encontrem nítidas as motivações que clamam por um amanhã que confirme as conquistas e não repita os erros.




No Paraguai queremos retomar a nítida mensagem dos López, para somar nossa Nação ao desenvolvimento de suas potencialidades humanas, produtivas e estratégicas.




Queremos resgatar aquele valor dos governos que conjugaram honestidade e austeridade como equação do supremo sacrifício pela Pátria.




Em 20 de abril, quando alcançamos um triunfo histórico em Paraguai, assumimos um compromisso com os homens e mulheres de nossa historia, que nos interpelam hoje a não desperdiçar o esforço, a não falhar no rumo, a não tirar seus sonhos do supremo altar da esperança.




É tempo de olhar para frente e trabalhar sem poupar esforços a ENGENHARIA coletiva do futuro de Paraguai. Não será tarefa fácil. A trilha estará empedrada de obstáculos que permanentemente pretenderão cegar a gente com ilusões falsas do recente passado ditatorial, que tem infiltrado nossa cultura neutralizando atitudes que, no entanto, retomamos e que marcaram a Vitória de Abril, como a capacidade associativa, a consciência crítica, a inegociável dignidade.




É importante que vosso Presidente deixe claro um dado: A mudança não é uma questão eleitoral; a mudança no Paraguai é uma aposta cultural, quiçá, a mais importante em toda sua história.




Portanto, não se trata de um processo que tenha vencedores nem vencidos, nem proprietários exclusivos. Essa mudança é a oportunidade que termos uns e outros, em nossa querida Nação, de assumir a co-propriedade do processo que não requer outra coisa que a intenção de produzir aportes desde a gestão que exerçamos para alcançar essa mudança, a qual passa pelo encerramento da interminável transição e nossa incorporação plena ao universo das democracias consolidadas do mundo.




Hoje termina um Paraguai exclusivo, um Paraguai secretista, um Paraguai com fama de corrupto, hoje se inicia a história de um Paraguai cujas autoridades e moradores serão implacáveis com os ladrões de seu povo, com as ações que nublem a transparência e, com aqueles poucos donos feudais de um raro país de ontem, encravado no presente.




Gostaríamos que Rafael Barret, com seu "Dor Paraguaio" e Augusto Roa Bastos com sua "Ilha rodeada de terra" descansem já tendo a certeza de uma herança redimida; queremos que saibam Barret e Roa Bastos, que João, Maria, Felipe, Roberto, decidiram um dia fechar as paginas de um Paraguai irreal e farsante e despertar para um Paraguai real, histórico e sem marcha atrás na sua empreitada rumo à alvorada de felicidade tão postergada.


Gostaria que outros que cantaram ao mundo nossa história de dignidade seqüestrada, como ELVIO ROMERO, saibam que estou aqui, fiel a sua visão, "com os de meu caminho; com o justo, o pobre, o perseguido e rebelde". E que "de parte alguma vem minha voz, mas deles mesmos".




Eis me aqui, querido ELVIO, com os de meu caminho.




A vida deste humilde paraguaio, de um belo canto do Sul tem na fé uma contribuição muito importante.




Neste instante, me parece importante resgatar a paisagem social que me inspirou um dia o caminho do sacerdócio, lá nos alvores de uma Igreja nova, comprometida em calçar as sandálias que caminham junto às tribulações e alegria de nosso povo.




Quando escolhi o exercício pastoral, minha opção preferencial foi por aqueles que a história tem jogado nos marginais cenários da exclusão e da miséria.




Quando encontrei a palavra de Leonardo Boff e de Gustavo Gutiérrez, entre outros, percebi claramente que era essa a Igreja destinada a nutrir de esperança ativa os seres humanos, irmãos sumidos no discurso opressor de tantas ditaduras que marcaram a história de nossa Pátria Americana.




Por isso estive ali, por eles estou aqui e, por isso mesmo, este leigo eternamente agradecido com sua Mãe Igreja, permanecerá firme na sua fé solidária até o fim de sua humilde história.




Compatriotas:




Iniciemos hoje a intensidade da nossa tarefa.




Liderança coletiva.




Nossa bandeira da campanha.




Liderança coletiva supõe derrotar o proceder próprio dos caudilhos que perfurou os cimentos da mesmíssima coesão social do Paraguai.




A conquista de um processo de desenvolvimento, uma economia sustentável e com equidade social pretende construir seus mais nobres cimentos, neste qüinqüênio que nos ocupa como Presidente.




Alto pensamento estratégico, altíssima competitividade, leitura pontual dos fenômenos mundiais que regulam o mercado, incorporação tecnológica de ponta, inversões, não serão suficientes se não inserimos como transversal e concreto uma educação para o câmbio social.




Paraguai deve inaugurar uma ATITUDE diante os desafios de seu tempo.




A economia sustentável encontra o ar de coerência que respira, na equidade socioeconômica.




Sonhamos com um Paraguai socialmente justo. Onde nunca mais exista tanta iniqüidade que converte a uns em adversários de outros.




Tanta iniqüidade que gera saciedade e fome ao mesmo tempo.




E me apoio em uma frase de Josué de Souza, para anunciar que eu renuncio a viver em um País "onde uns não dormem porque têm medo e outros não dormem porque têm fome".




Nossa resposta será a ação redutora dos fatores que geram a pobreza estrutural, a instalação de condições adequadas para que o Estado some à assistência os setores de maior vulnerabilidade, as estratégias de solução estrutural; e por sobre tudo, queremos que a responsabilidade social não seja só um discurso cosmético de pequenos empreendimentos, mas que essa grande responsabilidade construa um grande cenário onde o Estado dialogue com os atores sociais e empresariais, a fim de alcançar um Pacto Social que promova ações, atitudes e, o mais importante, que aqueles que hoje são uns e outros, recuperem a visão de um futuro compartilhado.




Os novos modelos de desenvolvimento agrícola por sua intensidade, capacidades tecnológicas e alto rendimento supõem uma expectativa interessante de geração de vendas internacionais, o qual fortalece cada vez mais o desenvolvimento desses empreendimentos.




Ao mesmo tempo, tem-se visto como constante que os aportes macroeconômicos substanciais e importantes, não transferem reditos sociais. Isso se observa em vários cenários: uma visível miséria de alguns setores imediatamente próximos de essas explorações e um agressivo deslocamento que acrescenta ao dado econômico e social uma dívida com a dignidade, a fraternidade e a solidariedade que nós pretendemos saldar.




Nós queremos um Paraguai no qual cresçam TODOS.




É de nosso interesse, sublinhar a linha da segurança alimentaria, caracterizada, no só desde a reafirmação de um espaço e de oportunidades de produção mediante a autogestão, mas também, em sua dimensão CULTURAL E SOBERANA que consolide nossa identidade.




Dentro deste mesmo conceito assumimos o compromisso do projeto político denominado ALIANÇA PATRIÓTICA PARA A MUDANÇA, integrado por corajosos homens e mulheres de diversas origens partidárias e sociais, que em menos de um ano de existência viraram a página de uma história de 60 anos.




Essa ALIANÇA tem dialogado com a comunidade e desde tal espaço, compartido tem surgido sempre como uma inquietude, a necessidade de um maior impacto socioeconômico dos empreendimentos energéticos, compartilhados atualmente com os povos irmãos de Brasil e Argentina.




Obedientes ao mandado, acudiremos ante nossos pares para, no afã de encontrar que estas "causas nacionais" se transformem em "Causas Binacionais", de objetividade, solidariedade e consciência de um futuro compartilhado.




A propósito, nosso projeto acredita na Integração, na poesia da Pátria sem muralhas, acredita obstinadamente na equação de fronteiras férteis antes que oclusivas.




Por isso mesmo, convocamos à busca de soluções concretas a problemas menos vinculados aos marcos jurídicos e declamatórios de nossas legitimas intenções, focando o rumo à atenção de questões cotidianas que motivam certa desconfiança em muitos mercosulianos, pese a que se abraçam e se querem. E a melhor demonstração é oferecida pelos povos fronteiriços vizinhos que têm sabido escrever suas micro-histórias de integração pelo caminho dos feitos culturais, sociais, solidários e humanistas.




Damos as bem-vindas e o respaldo aos diversos esforços de integração já vigentes ou em processo, que tenham à pessoa humana como sujeito direto de seu benefício. Nunca esqueçamos a SALVADOR ALLENDE e seus jovens cem anos, clamando como o primeiro dia que "muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão as grandes alamedas, por onde passará o homem livre para construir uma sociedade melhor".




Hoje, essas grandes alamedas estão abertas e firmes, porque não se cobrem com o indolente asfalto, mas com a matéria que constitui os sonhos dos Próceres da Pátria Grande.




Paraguai tem seus filhos no mundo. Hoje, ao tempo de agradecer a hospitalidade dos países do mundo que os acolhem, nos comprometemos a dar início às ações que restituam ao Paraguai essa oportunidade de receber todos os sonhos propriedade de irmãos e irmãs que um dia saíram do país em procura deles.




Como esse outro Paraguai lindo instalado, laborioso, que empeceu a construir os edifícios da Reina do Plata, Buenos Aires, na década dos anos 30, e hoje são gerações e gerações de connacionais sempre gratos –como nós- a esse país que os recebeu e lhes permitiu contribuir com seu esforço.




Quantos haverão cantado com Carlitos Gardel o VOLVER da saudade e quantas vezes não puderam regressar, então, se cobriram de novo com o abrigo solidário oferecido pelo vosso país, Presidenta Cristina. E que seja esta a histórica oportunidade para dizer um MUITO OBRIGADO.




Cumprimentamos desde aqui as migrações mais novas com destino à Europa e Estados Unidos, englobando aqui os connacionais que moram em diferentes Estados da terra e que dia após dia fazem o que melhor sabem: trabalhar.




Nosso abraço a esse Paraguai que mora além das fronteiras.




Em quanto construímos um ninho mais acolhedor para o vôo de volta, nos comprometemos a dialogar e volver a dialogar para que continue olhando no migrante, onde esteja, um irmão que chega, desde um atitude humanitária e hospitalaria, cuja carência nos faria duvidar da vigência de fatores dunfacionais de nossa convivência civilizada.




O Estado que nos comprometemos a edificar tem relação com as particularidades da demanda cívica expressada nas urnas o passado 20 de abril.




Uma primeira ação: Melhorar os níveis de institucionalidade de nossos escritórios do Estado Paraguaio. Desde seus valores. Sua Missão. Sua eficiência. O patriotismo do servidor púbico. Sua absoluta transparência. Sua responsabilidade como funcionário do Estado. E isto é importante porque não existem instituições corruptas, mas funcionários que se corrompem.




Derrotar o costume do secreto estatal para que nossas instituições façam a prestação de contas, e também, melhorar as capacidades de seus operários, são outras metas do Executivo.




Um sinal deste tempo novo será a austeridade. Daremos especial ênfase ao controle dos bens públicos, evitando que se eternizem os gastos suntuosos excessivos que uns ostentam, enquanto a grande maioria, o grande país, sofre diversas carências.




Os ajustes e a racionalização de recursos acompanharão este processo e serão parte do plano de austeridade que estamos propondo.




Queremos que durante este tempo as Forças Militares se dignifiquem e sejam amigas e companheiras da comunidade.




Desde as políticas desenhadas no Ministério respectivo, será efetivada uma substancial melhora nas capacidades da Policia Nacional, incluindo uma especial atenção às condições de vida de seus membros.




Igualmente, se deverão reduzir, o máximo possível, as estatísticas de corrupção nesta Força, a partir de uma maior consciência, um melhor controle e uma mais enfática resposta nas falta e delitos.




Acreditamos que as Forças Policiais têm um rol histórico que necessariamente devem assumir com ética e eficiência profissional, para demonstrar que, com a confiança e o estimulo da comunidade e suas instituições, são vitais co-participes da Mudança.




As Forças Armadas da Nação devem estar preparadas para a melhor experiência em tempo de paz vivida até o presente. Que fiquem longe, as operações tenebrosas destas Forças, para manter um regime repressivo. Nosso governo pretende que as Forças Armadas caminhem aliadas com a comunidade pela senda de suas aspirações de desenvolvimento.




Não queremos mais, um soldado que infunda temor, queremos um soldado que gere confiança.




Um soldado irmão está nascendo em Paraguai.




O enfoque da segurança terá as linhas necessárias que garantem sua integralidade. As melhoras financeira, tecnológica e logística são uma parte da estratégia que deverá se conjugar com ações convergentes no campo social, pois a maior diminuição das causas da pobreza, menor será a insegurança cotidiana. Obviamente, são processos que levarão algum tempo para serem estabelecidos totalmente.




Dedicaremos o esforço necessário para tirar o estereotipo de "zonas liberadas ou perigosas" a regiões como São Pedro ou los Banhados de Asunción, cujos moradores em sua absoluta maioria e na mesma proporção que em diversas regiões são honestos e laboriosos.




Nosso governo não perseguirá a ninguém por ser pobre....!

Será uma paixão a preservação dos bosques naturais e o meio ambiente em geral. Fatores claves como o Aqüífero Guarani, as umidades e particularmente a ÁGUA DOCE passarão a serem resguardadas aplicando conceitos de recursos estratégicos.




Ações regionais que apontem para este objetivo deverão ser apoiadas sem dúvida nenhuma.




As Nações originarias, os Paraguaios e Paraguaias são os primeiros proprietários do futuro de seus recursos naturais, de seu desfrute e incluso, de sua exploração produtiva nacional.




As Nações indígenas esperam na viera do caminho que alguém os convide a se re-apropriar de suas terras. Essas terras, a partir de agora, não só serão sagradas para sua cultura, mas sagradas para aplicação da lei.




Nenhum branco que negocie terra indígenas, que os humilhe ou os persiga terá a mesma impunidade que teve sempre.




O delito contra um indígena deve deixar de navegar nas águas da impunidade.




Trabalharemos dedicadamente por obter melhores condições de vida para os camponeses, com ou sem terra.




Desterrar esse velho mau humor social instalado pela iniqüidade forma parte de nossa ação desde os organismos respectivos do governo que hoje assume.




Necessariamente teremos que apontar para melhoras que acrescentem maior valor à produção, encontrando uma alternativa para a exportação de matéria prima.




Os empresários terão nosso mais pleno respaldo. Criaremos o melhor ambiente de trabalho, que irá melhorando aos poucos no marco da habilitação de postos de trabalho.




Uma indústria, uma exploração agrícola concebida com parâmetros de incidência social e resguardo do ambiente, empreendimentos empresariais em outros campos como a comunicação, a banca, os serviços, terão um decidido acompanhamento do governo.




Necessitamos que a empresa funcione em Paraguai!




Estamos trabalhando planos em SAÚDE E EDUCAÇÃO que derrotem para sempre a exclusão.




Devemos dizer-lo: A maior inversão social e política deste governo se reflexa em uma figura muito simples: UM MENINO SAUDÁVEL E BEM EDUCADO.




Haverá um outro ponto de partida que possa ser mais auspicioso que a semeada do futuro?




O Gabinete social de nosso governo integrado por Ministérios e Secretarias do ramo, acompanhará muito de perto este propósito simultâneo de assistir e mudar estruturas.




Não deixaremos que ninguém morra de fome por culpa de nossa abordagem estrutural nem eternizaremos a miséria com nossas ações assistencialistas.




Gostaria de deixar algo para os jovens. Esta autêntica maioria nacional.




Estamos já assumindo nosso governo e lembrarás que na Quinta, 17 de abril neste mesmo lugar, eu te pedi um favor. Vos me destes.




Eu te disse, lembre que tua única obrigação, teu único compromisso, teu único grande esforço deveria ser que fosses AUTENTICAMENTE FELIZ.




Vos, com um sorriso fostes às urnas no dia 20 e apagastes com seu voto toda a má onda de várias gerações.




Agora, eu te perco quase o mesmo. Se chegas a conquistar a felicidade, com estudo, com ações solidárias, com valores, TUA FELICIDADE fará mais grande este país....




Eu renuncio a um Paraguai com jovens tristes, eu anuncio, com a colaboração de todos, um Paraguai com jovens protagonistas de seu destino!




Hoje, quando este homem de fé e este laico comprometido com seu tempo, atravessava a cidade tem visto, mais uma vez, aquilo que nos enche de vergonha e causa pena: Os meninos de rua.




Pensava naqueles rostos que clamam visibilidade social, compreensão, mínima solidariedade.




E me perguntei: Quanto tempo tardaremos em dar respostas a essa situação? Não é prudente nem serio anunciar tempos para essa forma de iniqüidade que aproveita a luz vermelha do semáforo, do perigo, para encontrar as duas moedas do dia.




Nem sei quanto tempo. Não sei se alcançaremos tombar definitivamente o monstro da miséria que os condena, mas, saibam, esso sim: que ao igual que com a causa dos indígenas, as crianças em situação de miséria terão a mais das instituições destinadas para eles, a ocupação PESSOAL de vosso presidente.




Compariotas:




O Paraguai não mudará em 16 de agosto. Iniciará sua mudança paulatinamente o dia e a hora em que te somes aos que acudirão desde os primeiros cem dias a ganhar as ruas, diagnosticando, atuando, avaliando.




O edifício de nosso novo Paraguai tem um tijolo em tuas mãos. Aproxima-te não importa a filiação política, no Paraguai se acabaram as filiações para ganhar um cargo.




Muito obrigado a todos os protagonistas da Mudança.Obrigado, patriotas do 20 de abril. Obrigado aos que não deixam de acreditar!!!




Paraguai acorda.




Acorda Paraguai!!!!!