"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 16 de abril de 2008

Colar explosivo, lembram-se?



“Durante a administração Pastrana, por exemplo, o comissário da paz, Victor G. Ricardo, pediu para um canal de televisão silenciar sobre uma informação que evidenciava que as Farc – desde o início da desocupação – faziam chacota do governo e dos colombianos”, escreveu o colunista Daniel Coronel no semanário Semana.

Em carta dirigida a Santos Rubino, responde Ricardo.

***

Doutor

Alejandro Santos Rubino

Diretor

Revista SEMANA

E.S.D.

Estimado Senhor Diretor:

Diante da impossibilidade de me comunicar diretamente com Daniel Coronel acerca de seu artigo <> (Jornalismo e Patriotismo) publicado no último número da Revista, e sem o ânimo de polemizar sobre o processo de paz com as FARC que me coube adiantar sob a liderança do Presidente Andrés Pastrana, procedo a fazer algumas considerações:

Durante o dito processo, todas as atuações foram públicas e se encontraram totalmente documentadas: as decisões do governo em atos administrativos de conhecimento geral, as reuniões entre os negociadores, os acordos alcançados, os desacordos, disso podem dar fé os jornalistas nacionais e internacionais que tiveram acesso contínuo à zona de distensão, e os livros “Hechos de Paz” publicados pela Presidência da República em vários volumes.

A Policia Cívica que operou na região de distensão permitiu que, a par com a ausência de força pública, seus habitantes tivessem a proteção de um grupo de cidadãos que foram nomeados e atuaram sob a direção dos Prefeitos, com dotação dada pelo Fundo para a Paz em convênio com a Polícia Nacional. Algumas armas foram postas à disposição dos Prefeitos para que, como chefes de polícia municipal, por sua vez as entregaram aos policiais cívicos de sua confiança. Os resultados desta experiência foram muito bons, como comprovam as baixas estatísticas de criminalidade, e em particular de homicídios, que se apresentaram em todo o tempo do processo de paz em toda a região de distensão, comparativamente com a situação anterior.

Em alguns casos se chamou os jornalistas à prudência, para não dar lugar a equívocos, quando as situações não eram suficientemente claras – como, por exemplo, o da senhora do colar explosivo, que se atribuiu inicialmente à guerrilha -, mas sempre com a convicção de que “a verdade nunca causa danos. Na mudança, a mentira e o ocultamento então na raiz das tragédias sociais”, como disse o jornalista Coronell.

Mui atenciosamente

VÍCTOR G. RICARDO