"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 3 de março de 2008

O assassinato de Real Reyes pelo covarde Álvaro Uribe

ANNCOL*/Susana Cabrera


É lugar comum citar aquela frase que às vezes, na realidade, parece seguir a ficção. Mas é que ao seguir as diferentes informações que têm surgido durante o dia não se pode deixar de estabelecer certos paralelos entre nossa realidade colombiana e a última dos “cowboys hollywoodianos”. As diferentes coberturas jornalísticas nos têm deixado muito claro: na madrugada de 1º de março, o acampamento onde pernoitava o comandante Raúl Reyes foi destruído a partir do ar, utilizando bombas lançadas de aviões Super Tucanos.

As fotografias publicadas umas horas depois pela página web do jornal El Tiempo serviram como chicotadas para aplacar a turba de “leitores”, que se julgarmos pelos comentários diariamente publicados na página, são bem mais mórbidos do que bestas sedentas por guerra, entretidas pela enganação midiática com o propósito de pedir mais sangue, mas ainda mostram uma realidade bem diferente do show midiático montado pelo senhor Santos e companhia, quando ufanista, com o brilho do assassino no olhar, olhava as câmeras destacando seu sorriso animalesco e nauseabundo, a mesma da hiena que se relambe nas babas depôs de um bom banquete.

Se tivéssemos que adivinhar o ocorrido sobre o terreno, pela atitude prepotente e arrogante do senhor Santos e dos oficiais Generais que o acompanhavam enquanto se davam tapinhas em suas costas e se felicitavam um ao outro, acreditaríamos estar frente aos vencedores de um batalha épica, uma dessas onde os combatentes medem suas forças, seus recursos e sua inteligência, e onde o vencedor é aquele que no final superou o inimigo por méritos próprios, Isso é uma ilusão.

A realidade crua das coisas é que a Segurança Democrática não serve para tais considerações. Apenas chega até onde os satélites gringos são capazes de ver, e até onde os subornos com quantias estratosféricas pagos a um traidor podem convencer. Não há combate, não há disputa, não há honra. No acampamento guerrilheiro, ninguém teve sequer a oportunidade de defender sua vida, Porque para estas tarefas só dispomos de alguns botões que algum funcionário da CIA ou do NSA pos ao nosso alcance, e alguma conta bancária alimentada a partir das mesmas arcas da parapolítica.

Em outras palavras, uma vulgar operação de “aponta e dispara”, em nada diferente dos assassinatos seletivos que com tanta destreza executam os agentes do Mossad no Oriente Nédio, ou os bombardeios indiscriminados que tantas vítimas civis têm causado no Iraque.

A verdade é que o “maior golpe militar contra as FARC” se reduz ao pagamento de um suborno, e al rastreamento de um dispositivo eletrônico usando a tecnologia que alegremente nos tem proporcionado o Plano Colômbia e que por certo, manuseiam os técnicos gringos. Logo é isso, um batalhão completo de nossas valentes e honradas forças armadas não se arriscaria a atacar um grupinho de 18 homens dormindo, com o objetivo de exterminá-los senão com o fim de detê-los e apresentar às justiça o “cabeça número 2 das FARC”, o qual, segundo o próprio presidente, era um de seus mais almejados desejos.

Em lugar disso, disseram que o mais conveniente era recorrer às lições aprendidas com os nazis na Europa, ou com os norte-americanos no Vietnam: bombardeiam-se tudo, e tudo que se mova. Faz-lo sem piedade, e numa dessa temos sorte. E a tiveram. Feliciatações, covardes. Mas por favor, não tenham o cinismo de chamar-se de heróis.

*Por problemas técnicos em nosso servidor, não se pode visualizar temporariamente nossa página no original: http://www.anncol.nu/
Esperamos superar esse problema com a maior brevidade.


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