"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 9 de março de 2008

Ecuador: Marcha masiva contra a agressão colombiana

Rádio Café Stéreo

Quito, 07 de março de 2008 / Nem a chuva nem o frio, puderam fracasar e nem conseguiram acalmar o protesto. Centenas de pessoas rechaçaram, ontem [antes de ontem] à noite em Quito, a incursão militar colombiana contra um acampamento das FARC em território equatoriano.

Os manifestantes se expressaram a favor da paz e fizeram duras críticas aos presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe e dos Estados Unidos, George W Bush. “Apitasso contra o terrorista Uribe”, “Salve, oh Pátria, mil vezes, oh Pátria”, foram as palavras mais freqüentes. Ainda entoaram o Hino Nacional do Equador e horas mais tarde se dirigiram à Embaixada dos Estados Unidos.

“Nossa Pátria foi ultrajada e é necessário respaldar as ações do presidente (Rafael) Correa”, afirmou Mélida Jumbo, uma mulher de meia idade, que encabeçava a mobilização.

“Nós somos um país de paz e essa é uma manifestação pela paz”, destacou César Gálvez, enquanto fazia esforços para agitar uma encharcada bandeira equatoriana.

A manifestação durou mais de duas horas e meia e terminou com três concentrações simultâneas nas sedes das embaixadas da Colômbia e Estados Unidos, além do Hospital Militar, onde se recuperam as três guerrilheiras que sobreviveram à operação militar colombiana.

Pedidos e expressões diversas

O presidente da Frente Popular, Angel Orna, afirmou que sua organização apóia a posição do presidente Rafael Correa, mas sugere que se deve resolver dois aspectos fundamentais. A primeira, solicitar o encerramento unilateral do convênio com a Base de Manta assinado com os Estados Unidos, e a segunda, conceder o status de refugiadas políticas às três guerrilheiras feridas.

Uma mulher interrompeu. Clara Rodríguez, que saiu na marcha, questionou este último ponto e disse que o protesto é contra todo tipo de violência, proveniente de forças irregulares ou do exército de Uribe. “Como latino-americana estou contra esta desunião entre os povos irmãos”, afirmou.

Justamente atrás dela, dois monges erguiam um cartaz chamativo: “Nem guerrilheiros nem milícia”, dizia o texto com grandes letras azuis.

Porém, dois cartazes chamaram a atenção com as figuras de Álvaro Uribe e George Bush, vestidos com uniformes do exército nazi. “Uribe e Bush a mesma cisa são, um é assassino o outro matador”, gritavam as pessoas que cercavam as embaixadas, protegidas por um cordão policial.

Não foram registrados incidentes com os manifestantes, registrou o diário El Comércio do Equador.