"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Diante do fracasso de Motossera Uribe na Europa: Resgate militar à qualquer preço


Os vergonhosos meios de desinformação colombianos estão demonstrando uma vez mais sua incondicional afinidade com o neo-fascismo na Colômbia e seu irrestrito apoio às políticas do Estado narco-terrorista instaurado pelo narco-paramilitar Álvaro Uribe, e nisso se empenharam essa semana toda, chegando ao cúmulo de tentar mudar a realidade do que foi a turnê de “Varito” pela Europa.
Afirmam sem um pingo de vergonha que moroserra-Uribe foi recebido “calorosamente” e não que ele foi escurraçado, como realmente foi em sua tentativa de isolar e condenar as FARC e a Venezuela.

Os propósitos da “improvisada” turnê do “chefe dos chefes” ‘Varito’ Uribe estavam orientados para que alguns países europeus isolassem e questionassem a participação do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em uma possível comissão de mediação sobre o acordo humanitário entre as FARC e o governo colombiano, sem descartar que ele serviria para acusar uma suposta intromissão deste nos assuntos internos da Colômbia.
Outro objetivo era evitar que as FARC fossem tiradas das “listas de terroristas” imposta pelos E.U.A., a União Européia e o ocidente, e que de quebra não lhes dessem o status de beligerante, já que na Colômbia, segundo o ponto de vista do governo, não existe conflito armado interno, mesmo que esse já tenha 60 anos de enfrentamentos.
E um terceiro objetivo, que França, Espanha e Suíça voltassem a formar o grupo de facilitadores no intercâmbio humanitário dependentes da igreja católica, ou seja, que sirvam de distração, submetidos à manipulação e manuseio de motoserra-Uribe enquanto ele se empenha à fundo no resgate militar à sangue e fogo.

O fracasso de Uribhitler em conquistar os objetivos para o qual havia se porposto é tal que fez com que os meios de des-informação e o governo se empenhassem para afirmar que com a turnê diplomática alcançaram um suposto grande triunfo. Ainda que essa turnê tivesse o propósito apenas de negar, para não dizer esconder, a existência de um grave conflito armado colombiano entre duas partes desafiantes, aconteceu tudo ao contrário. Hoje na arena política mundial apareceu com força o debate sobre o conflito armado colombiano, como nunca antes, no qual umas forças insurgentes enfrentam um governo de duvidosa legalidade e legitimidade, por sua relação com os narco-paramilitares, para comprová-lo basta apenas ler qualquer jornal da Ásia ou da Europa e inclusive dos E.U.A..

Imediatamente viria outra porrada por parte do Presidente Sarkozy ao dizer claramente a Uribe que “para que os esforços de facilitação dos três países – França, Espanha e Suíça – fossem úteis estes deveriam ter garantias de independência e margens de discussão essencial para seu êxito”.

Mas o golpe de misericórdia seria dado pela Chanceler Federal da Suíça, Micheline Calmy-Rey, ao dizer que “seria importante para os três países ter garantia para trabalhar independentemente para oferecer-lhes suficiente espaço de manobra”.

Os meios de des-informação colombianos dizem que Uribe recebeu o apoio de parte da União Européia (UE) para não tirar as FARC da “lista de terroristas” da boca de Javier Solana, representante de Política Exterior e Segurança Comum do Conselho da EU.
Antes de tudo é necessário lembrar que apesar do nome pomposo do cargo de Solana, os países membros da Uniçao Européia até hoje não cederam suas competências em matéria de relações exteriores à EU, isto quer dizer que cada país membro desenvolve suas próprias relações internacionais de acordo com seus próprios interesses. Portanto, temos que saber o que os três países dizem e insinuam sobre estas listas.

As conclusões resultante disso demonstram que existe uma margem de negociação que pode mudar diametralmente a atual condição. Sobre isto podemos citar três elementos diferentes que confirmam o anterior: França abre uma ampla possibilidade de reexaminar o papel das FARC de acordo com seu comportamento, que na linguagem da política internacional significa muitas possibilidades de negociação nas quais por sua vez podem arrastar a UE; quanto à Espanha é necessário ressaltar que pesa a aliança golpista/guerreirista firmada por Uribe com Zapatero/la-Corona/Aznar contra o governo de Chávez, em nenhum momento Zapatero durante toda a rodada de imprensa se referiu às FARC como um grupo terrorista; e para a Suíça as FARC não são uma organização terrorista.

O inquestionável fracasso de Uribe em sua turnê pela Europa fica demonstrado pelas palavras do ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, ao reiterar esta quinta “que o governo colombiano segue tendo como opção a mediação do presidente venezuelano Hugo Chávez Frías para a liberação dos detidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).” E outro elemento que corrobora novamente é a mentirosa e ambígua linguagem militarista de Uribhitler, que assim que chegou à Colômbia ordenou às forças armadas e policiais –e claro aos seus sócios para-militares- que “cerquem sítios onde estão os seqüestrados”, isto não é mais que uma ordem para resgatar militarmente os prisioneiro à sangue e fogo sem importar à eles sua segurança pessoal, nem sua vida.

Deixando manifesto assim que diante do fracasso de Motoserra Uribe na Europa, a única opção válida para ele e seus cúmplices narco-paramilitares é o resgate Militar à qualquer preço, sem importar-lhe ficar como um mentiroso diante da comunidade internacional, nem diante dos países que brindam seus esforços para que se dê um Acordo Humanitário. Motoserra-Uribe dirá que o descrédito não tem importância se ele tem o apoio da Casa Branca e que além disso tem aos seus pés os para-meios de des-informação para que lavem sua ensangüentada imagem e têm a Gallup para que publique pesquisas manipuladas onde o presenteiam com 90% de mentiras à seu favor.