"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 30 de dezembro de 2007

Medidas de Uribe dificultam a entrega das coordenadas

Por Miguel Suárez/Rádio Café Stéreo



Ao mesmo tempo em que Uribe autorizou a operação Transparência, seu exército começou a tomar uma série de medidas que entravam o início da segunda fase da operação de transporte dos libertados unilateralmente pelas FARC-EP.

Segundo informou o reporter da Rádio Café Stéreo na região, divulgada a autorização as ações militares foram engrossadas ostensivamente e os bombardeios de tornaram mais intensos. No mesmo sentido havia se pronunciado dias antes a senadora Piedad Córdoba, que assinalou que as operações militares impediam a libertação dos retidos.

Ato contínuo a autorização, a cidade de Villavicencio foi literalmente militarizada e ao seu redor se formaram vários círculos de segurança, especialmente nos arredores do aeroporto de Vanguardia, coração da operação de libertação, além de estar repleta de agentes policiais e agentes disfarçados da inteligência.

Segundo informado, as coordenadas deveriam ser entregues por um emissário das Farc, na noite de sexta-feira no aeroporto de Villavicencio, ao capitão Ramón Rodrigues, chefe da “Operação Emmanuel”, o que se tornou impossível em razão do controle extremo que impede a entrada inclusive de jornalistas nacionais.

Temos informações de que estão sendo interceptadas todas as chamadas telefônicas da região, assim como as mensagens eletrônicas.

Outras medidas contrárias à entrega e que colocam em risco a vida dos guerrilheiros e dos prisioneiros, teriam sido decididas em uma reunião que teve nessa sexta o Comissário, Luis Carlos Restrepo com o General Freddy Padilla de Leon e os Altos Comandos militar e policial, na Base de Apiay, próxima ao aeroporto Vanguarda. Medidas que buscam tirar o maior proveito militar da entrega dos liberados.

“Esse é um problema de alta segurança”, contestou o general Malvin López Hidalgo, que foi chefe do Estado Maior na Venezuela, com experiência na área de inteligência, e “toda a responsabilidade recai em um oficial experiente como é Rodríguez Chacín, ainda porque está empenhada a palavra do presidente Chávez de aguardar um tempo prudencial depois que sejam entregues os prisioneiros, para que esses guerrilheiros possam se retirar.”.

Todas essas medidas que dificultam a entrega das coordenadas seriam a trava silenciosa de Uribe e do alto comando militar, firmes inimigos da troca.

Especula-se que ainda que demoradas, as coordenadas chegarão e a entrega seria realizada em um sítio muito próximo a Villavicencio onde haverá um grande contingente guerrilheiro.