"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dirigentes do Partido Fundado Por Alvaro Uribe Estão na Prisão

O partido Colômbia Democrática, que foi fundado pelo presidente Álvaro Uribe com seu primo, o até ontem senador Mario Uribe, ficou órfão. Seus chefes naturais hoje estão na prisão acusados de terem supostos nexos com o paramilitarismo.





[Tomado da webb-PDA]


Nessa leva estão detidos Miguel de la Espriella e Álvaro García Romero.

Mario Uribe foi chamado pela Corte Suprema a prestar depoimento. Esta terça renunciou ao Senado.

Com o chamado ao depoimento do senador Mario Uribe Escobar, o partido Colômbia Democrática, o mesmo que fundou o congressista com o hoje presidente da República, Álvaro Uribe Vélez em agosto de 1985, perdeu suas principais figuras.

Álvaro García Romero, segundo na lista dessa coletividade para o Senado, está na prisão de La Picota. A mesma sorte teve o terceiro chefe, Miguel de la Espriella. O vez agora foi para o topo da lista e fundador Mario Uribe Escobar, quem a Corte Suprema de Justiça chamou à prestar depoimento (assim como García e de la Espriella), por supostos vínculos com as auto-defesas.

O senador Mario Uribe Escobar renunciou à sua vaga no Senado assim que foi chamado a depor pela Corte Suprema de Justiça.

Álvaro García Romero e Miguel de la Espriella, eleitos para o Senado no segundo e terceiro postos da lista desse partido, estão na prisão.

Uribe Escobar, primo e sócio político do presidente Álvaro Uribe durante muitos anos se submeteu à justiça ordinária como chefe da Fiscalía Geral da Nação.

Colômbia Democrática se orgulha de contar com o presidente Álvaro Uribe entre seus fundadores. No cabeçote de sua página web exibe as imagens de Mario Uribe e do presidente Uribe, com esta legenda: “Álvaro Uribe Vélez, fundador do Partido”.

Os substitutos

José Gonzalo Gutiérrez, Luzelena Restrepo Betancur e Ricardo Ariel Elcure Chachóm, que assumiram no lugar dos três principais líderes de Colômbia Democrática, não possuem muita trajetória política. O primeiro é um próspero empresário do transporte em Bogotá, a segunda é a filha da mentalista Regina Betancur e o terceiro um dirigente regional.

Tampouco conseguiram grandes votações. Gutiérrez obteve 34.125 votos, Restrepo 8.367 e Elcure apenas 4.017 votos.

Os caos de García Romero e de la Espriella, foram muito ouvideos no concerto da para-política.

Os casos mais graves

García Romero, um dos primeiros congressistas presos por suas relações com os paramilitares, enfrenta os cargos mais duros de todos os legisladores presos.

A Corte o chamou ao julgamento sob acusação de ser o ‘mandante’ da matança, perpetrada pelos paramilitares de Rodrigo Mercado Pelufo, codinome ‘Cadena’, em outubro de 2000, conhecida como o “massacre de Macayepo”.

Também foi acusado de intervir na morte de Georgina Narváez Wilches, uma testemunha eleitoral que em 1997 denunciou a fraude na eleição do governadore de Sucre, que terminou com o triunfo de Erik Morris (também preso na atualidade) e agregou um caso mais que evidente, pois supostamente García usou sua influência no estado para desviar dinheiro público.

Miguel de la Espriella, o outro senador da Colômbia Democrática atrás das grades, foi um dos principais protagonistas do “Pacto de Ralito” e um dos primeiros a admitir que fez trabalho político para os paramilitares.

Ontem (07/10/2007), ao anunciar sua renúncia, Mario Uribe disse que seu partido segue vivo, que tem 275 mil integrantes em todo o país e 5.360 candidatos às eleições do próximo 28 de outubro.

Uribe recusou explicar a situação, mas deu parte de vitória em comunicado.

Ao renunciar a sua vaga no Senado, Mario Uribe recusou-se a dar as caras aos jornalistas.

Em uma comunicação escrita divulgada minutos depois de fazer pública sua decisão, o chefe da Colômbia Democrática deu idéia de vitória, ao revelar que 5.360 ativistas de seu partido aspiram consquistar cargos de eleição popular nos comícios deste 28 de outubro e que outras 433 já os têm.

Uribe não explicou se os votos que seu partido aspira conseguir nas eleições regionais para eleger esses 5.360 ativistas tem as mesmas fontes dos votos que em março de 2006 elegeram aos congressistas hoje processados e à ele mesmo.

“Colômbia Democrática é muito mais que o nome de um partido: está constituído por mais de 275 mil integrantes ativos”, disse Uribe.

Tampouco explicou quem ficará ao mando de Colômbia Democrática, ao retirar-se como congressista e ficar no poder da justiça para resolver seu caso. Ou se ele seguirá à frente, enquanto tal, dessa instância política.

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