"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 23 de maio de 2007

Teflón derretido

O narco-para-presidente quis mostrar – num ato de autoengano – que o ´efeito teflón´ lhe serve até no exterior. Nada mais falso. O colunista José Marái Carbonell nos recorda os ´desplantes´ que recebeu Alva-raco Uribe no exterior. Berlusconi, Alemanha, Parlamento Europeu, Mercosul, Ilha de Margarita e USA. Melhor dito, em cada saída. O teflón tem sido derretido pela verdade do acionar do povo colombiano, incluída a insurgência armada das FARC.


O equilibrista não deixa de movê-lo...


[Por José María Carbonell, ANNCOL]


Se algo ficou demonstrado com a última mostra de submissão de Alva-raco Uribe Vélez nos Estados Unidos é que o tão alardeado ´efeito teflón´ com que a mídia burguesa tem enganado os colombianos, não funciona em outras latitudes.

A Alva-raco Uribe não lhe foi bem em quase nenhuma viagem ao exterior. Sofreu demais. Deram-lhe com machado e façaõ. Creio que devemos recordar que em suas viagens à Europa sempre, ouçam-no bem senhores da ´casa militar El Tiempo´, ´Radio Cadeia Narcoparamilitar (RCN)´ e demais espécies de áulicos do regime narco-para-fascista, sempre tem-lhe ido ´como cachorro em missa´.

Berlusconi lhe cancelou um encontro apenas umas horas antes e mandou um segundão (em 2004). Tal ato a um presidente de um país estrangeiro de visita oficial é bem revelador. Porém, isso não o quiseram entender os corifeus de Alva-raco. O embaixador na Itália, como desagravo, convidou Berlusconi a um almoço. Responderam-lhe que sim, mas não apareceu... Ficaram com a comida servida porque Berlusconi não foi. Tocou-lhes encher a barriga com toda a comida; até lhes deu diarréia. Por que? Porque haviam confiscado um carregamento de cocaína – que não é coca, como diz um investigador colombiano – de Salvatore Mancuso, um dos participantes da farça de Ralito. Recordam-se agora? É que ´o teflón´ não serve para nada quando de narcotráfico se trata. Igual tratamento recebeu na Alemanha e nem sequer o papa Wojtila quis fotografar-se com ele.

Recordam a entrevista da então chanceler, a amantíssima ´Conchi´ Araújo com a presidenta da Suíça, Micheline Calmy-Rey (em 2007)? Ali Micheline se ´a cantou´ ao regime narco-paramilitar colombiano e insistiu na necessidade do acordo humanitário, enquanto Alva-raco persistia cacofonicamente em liberar os presos pela força militr, mostrando um total desconhecimiento neste tema. Recordam-se agora? É que o teflón lhe importa um caralho a Micheline, quem não fez seu acumulado político a ponta de pesquisas falsas – e motosserras e degoladores-.

No Parlamento Europeu o deixaram falando praticamente sozinho (em 2004). Creio que dois ou três parlamentares europeus – ultraconservadores – ficaram escutando sua algaravia. Os demais? Os demais saíram apenas Alva-raco começou a falar. Por que? Porque os parlamentares europeus têm acompanhado de perto as ações promovidas pelo regime narco-paramilitar de Alva-raco Uribe Vélez e sabem, perfeitamente, os massacres, os desaparecimentos forçados, os assassinatos seletivos, os deslocamentos forçosos que tais ações têm causado no povo colombiano. Recordam-se agora? E isto dos contransgimentos dos parlamentares europeus não foi só uma vez. É que o teflón não serve para nada em Genebra.

Na cúpula do MERCOSUL (2007), lhe deram até com o balde. Evo Morales lhe cantou umas quatro verdades e Alva-raco se ´levantou´ iracundo falando m... Chávez lhe teve que dizer que não havia razão para ´portar-se assim´. Recordam agora? É que o ´teflón´ não serve a Alva-raco Uribe cada vez que se encontra com os presidentes populares da América do Sul. Esses, sim, não lhe ´comem mentira´.

Na posse de Daniel Ortega, presidente da Nicarágua (2007), se viu Alva-raco Uribe num isolamento total. Total! Até dava pena, o pobre diabinho. Triste, com ´uma cara de eu não fui´ e as mãos metidas no regaço como pedindo clemência. Recordam agora? É que o ´teflón´ só serve na Colômbia, quando tem as pesquisadoras, a mídia burguesa, a ´paracol´ e ´radio cadeia narcoparamilitar´ todos os dias e todo o dia submetendo-se, e a verdade é que não creio que Alva-raco fosse impressionar Daniel Ortega, quem, sim, foi guerrilheiro de verdade, verdade! E Daniel, sim, lutou frente a frente, corpo a corpo, e nunca necessitou assassinar a ninguém impunemente.

Na Cúpula em Ilha Margarita (2007) tampouco lhe foi bem. Decompôs-se ante as perguntas dos jornalistas e quase lhe dá ´um desmaio´, a ponto que Bachelet – que não queria ´carregar com esse morto´ - o olhava com cara de angústia (talvez, ela pensou, se vai morrer esse tipo aqui, em frente a mim, e vão crer que eu o envenenei, porém o que não sabem é que é seu próprio ódio o que o tem envenenado). Apesar de que Chávez sempre lhe tem dado uma mãozinha de ajuda – não sei por que razão, talvez pelo mesmo erro histórico que cometeu Simón Bolívar quando perdoou do fuzilamento a Santander – e firmou com ele a construção do gasoduto, porém esse é um projeto já velho, projetado há muitos anos.

A mídia áulica do regime narcoparamilitar – já sabem, ´paracol´, ´radio cadeia narcoparamilitar´, ´casa militar El Tiempo´, etc. – diz que Alva-raco sempre foi bem nos USA, que ali o recebe o estúpido alcoólatra do Bush, o abraça, e lhe diz: "Tens que dizer que a OXY termine a exploração do poço de Caño Limón, porque quero ajudar Dick Cheney a ganhar uns 28 bilhões de dólares. Recorda que tu és o número 82". E Alva-raco, muito dócil, com os fundilhos empapados, diz: "sssssim, ssssim."

Isso não creio é que lhe vá bem. Vai-lhe mal, malíssimo! Sempre lhe recordam a sentença do 82! O pobre diabinho não tem forma de escapar ao Diabo. O Diabo o tem ´agarrado do saco...´ e não o vai soltar facilmente. Que é o que fazem os parlamentares democratas. O ´agarrem do saco porque assim agarram ao Diabo, o afundam mais, o questionam mais, e a campanha já arrancou e finaliza dentro de 18 meses.

Assim são as coisas. Alva-raco quer mostrar que ´o teflón´ lhe funciona em todas as partes – por isso se foi a tratar de emendar o cancelamento do encontro que Carolina Barco tinha com Nancy Pelosi – e a verdade é que não lhe funciona em nenhuma. As incongruências das pesquisas saltam à vista e todos sabemos que o que paga obtém o resultado que quer na pesquisa. Também quer – num ato de autoengano - ´peitar´, isto é, mostrar-se como um homem ´aguerrido´, trabalhador, no exterior, igual que o mostram as mídias áulicas do regime narco-paramilitar.

Todos os colombianos sabemos como é o conto do ´teflón´. Por isso, só um de cada quatro colombianos votou seu ´projeto´ narcoparaco, a maioria deles forçados pelas armas dos sócios de Alva-raco, os narco-paramilitares, e, em muitas regiões, pelas próprias forças militares. Ademais, que se demonstrou que na base de tudo está a fraude eleitoral. Aí está Jorgito Noguera Cotes e os parlamentares do Magdalena sendo enjuiçados por isso.

Assim que os colombianos não nos comemos o conto do ´efeito teflón´. Isso é produto da midiatização dos meios áulicos do regime narco-paramilitar, isto é, ´paracol´, ´radio cadeia narcoparamilitar´, ´casa militar El Tiempo´, etc. Ademais, porque se fora certo o do tal teflón´, todos sabemos que o teflón se derrete com as altas temperaturas. E a Alva-raco se lhe sobe a temperatura nos momentos de raiva quando lhe recordam seu obscuro passado-presente narco-paramilitar. E, também claro, quando seu ministrinho de Guerra J.M. lhe informa que as FARC lhes estão dando por onde sabemos em todo o território nacional. E quando lhe dizem que as ações das massas contra o TLC, a ´segurança democrática´, etc. aumentam.

Se não, que o diga Santiago Rojas e a doutorinha Elsa, que cada vez têm que pôr-lhe mais e mais os poliedros, mais imposição de mãos, mais essências florais, mais pedras curadoras, para baixar-lhe a temperatura ao narco-paramilitar que cumpre função de presidente. E, claro, cada subida lhe vai danificando os neurônios de seu tostado cérebro.

Ao ´teflón´ o derrete o calor que emana da verdade.

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